De mais valor ao Produtor Rural
sábado, 8 de outubro de 2011
John Deere anuncia duas novas fábricas no Brasil
Companhia aposta no crescimento da economia brasileira vai investir US$ 180 milhões na área de máquinas e equipamentos.
Companhia mira o Brasil para investir US$ 180 milhões em duas novas fábricas, localizadas em Indaiatuba (SP)
Companhia aposta no crescimento da economia brasileira vai investir US$ 180 milhões na área de máquinas e equipamentos.
terça, 04 de outubro de 2011
Os presidentes da John Deere, Samuel Allen (CEO da Deere&Company), Michael Mack (presidente da Divisão Global de Construção e Florestal) e Aaron Wetzel (presidente da John Deere Brasil) anunciaram na manhã desta segunda-feira (03/10), em São Paulo (SP), que a companhia investirá US$ 180 milhões em duas novas fábricas no Brasil. O país foi o escolhido pelo grupo, segundo os executivos, por apresentar os mercados que mais crescem no mundo, citando a agricultura, construção civil e florestal.
As duas fábricas serão construídas em Indaiatuba, no interior de São Paulo. De acordo com Wetzel, uma das unidades será construída em parceria com a Hitachi Construction Machinery Ltda. e fabricará exclusivamente escavadeiras. A outra planta, que vai produzir retroescavadeiras e pás-carregadeiras de quatro rodas, e levará a marca exclusiva da John Deere. O investimento nesta unidade será de US$ 124 milhões.
"Nós enxergamos oportunidades importantes de negócios para equipamentos de construção
no Brasil", afirmou Mack, ressaltando a realização da Copa do Mundo 2014, das Olimpíadas em 2016 e o crescimento da economia como um todo. "O Brasil é um dos mercados para equipamentos de construção que mais cresce no mundo", reintera o CEO, Samuel Allen.
De acordo com os executivos, a marca também investirá em redes de distribuição (concessionárias) para comercializar as máquinas e equipamentos que serão fabricados em Indaiatuba, nos mesmos moldes dos setores agrícola e florestal. Conforme explicou Alfredo Miguel Neto, diretor de assuntos corporativos para a América Latina, as fábricas serão complementadas por peças e equipamentos de empresas que já são parceiras da John Deere, a partir de 2012, quando as obras começam (a linha de produção está prevista para ser iniciada no último trimestre de 2013).
A John Deere já tem forte presença na área do agronegócio brasileiro e atua no mercado de fornecimento de máquinas e equipamentos agrícolas e florestais. A companhia possui três fábricas de equipamentos de agricultura, um centro de distribuição de peças para a América do Sul, um banco operado pelos Serviços Financeiros e uma unidade "Water", que atende exclusivamente o setor de irrigação. Aaron Wetzel afirmou que a companhia está estudando novos investimentos no Brasil, sobretudo na área agrícola.
"O Brasil é estratégico e seu potencial agrícola para produzir alimentos e atender a demanda mundial é muito importante. Percebemos o aumento na demanda por colhedouras de algodão, por exemplo, e a companhia está atenta a isso. Se a demanda crescer mais, será possível investirmos em uma fábrica de colhedouras de algodão no Brasil. No entanto, vai depender desta demanda", disse ele.
Fonte: Globo Rural
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Dia 30/09 é o último dia para entregar o ITR 2011
A Receita Federal espera receber, até amanhã, 5 milhões de declarações do Imposto Territorial Rural - ITR 2011. Até ontem, 28 de setembro, a Receita já havia recebido mais de 4,5 milhões. É importante saber que o produtor rural que entregar a declaração depois do dia 30 de setembro estará sujeito ao pagamento de multa, com base no valor do imposto devido. A multa mínima é de R$ 50,00.
Para não correr o risco de ser multado, ficar impedido de tirar a Certidão Negativa e, com isso não poder fazer registro de compra e venda de propriedade e nem conseguir financiamento em banco, vale ver algumas dicas para realizar a declaração:
Utilização obrigatória do programa ITR 2011 disponível no site da Receita Federal
Devem fazer a declaração:
➔Pessoa Física cujo imóvel rural tenha área total igual ou superior a:
1.000 ha, se localizado em município situado na Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-grossense ou sul-mato-grossense;
500 ha, se localizado em município situado no Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental;
200 ha, se localizado em qualquer outro município.
➔ Pessoa Jurídica, independentemente da extensão da área do imóvel.
➔ Qualquer condômino, quando participar do condomínio pelo menos uma pessoa jurídica.
COMO ENTREGAR
Caso o contribuinte não esteja enquadrado nas hipóteses de obrigatoriedade de envio através do programa da Receita Federal, poderá entregar a declaração em mídia removível (CD, pen drive, etc), nas agências do Banco do Brasil S.A. ou da Caixa Econômica Federal, durante o expediente bancário, ou em formulários disponível nas agências dos Correios, durante horário de expediente, ao custo de R$ 6.
Pela Internet, o programa para entrega da declaração do ITR 2011 está disponível no link:http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/ITR/2011/PGDJava/progITR2011multiplataforma.htm
Para preencher a Declaração do Imposto Territorial Rural (DITR), o contribuinte tem de baixar o Programa Gerador da Declaração (PGD), que é enviado por meio do aplicativo Receitanet.
VALOR DA TERRA NUA
Os produtores precisam declarar o valor real da terra no ITR. Mais de 1.500 municípios já firmaram convênio com a Receita, com isso a fiscalização vai ser bem maior. O município sabe quanto a terra vale naquela região. Então, o produtor tem que declarar o valor real da Terra para não ter problemas futuros, como multas. Esses convênios são importantes porque o município passa a receber 100% da arrecadação do ITR para investir em melhorias no próprio município. Melhorar as estradas, o fornecimento de energia elétrica, de água, etc...
Para ter certeza do valor da terra nua em seu município, o produtor deve procurar a Secretaria de Agricultura. Caso não concorde com o valor, pode fazer um laudo avaliado por um engenheiro agrônomo para contestar. Mas isso não isenta o proprietário de entregar a declaração dentro do prazo de entrega.
DÚVIDAS
Em caso de dúvidas, procure o sindicato rural do seu município. Todos os sindicatos receberam treinamento para orientar proprietários rurais com relação ao ITR 2011. A capacitação foi feita pelo do Programa Sindicato Forte, do SENAR.
domingo, 25 de setembro de 2011
Produtores buscam mais recursos do Programa ABC
Aplicação do crédito rural destinado ao programa já supera R$ 80 milhões nos dois primeiros meses do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012.
Priscilla Oliveira
A aplicação do crédito rural destinado ao Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), com a incorporação dos programas Propflora (Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas) e Produsa (Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável) teve a maior taxa de crescimento entre as linhas de crédito do Plano Agrícola. Nos meses de julho e agosto de 2011 o crédito para o programa cresceu 74,8% em relação ao mesmo período de 2010, chegando a R$ 84 milhões. No mesmo período da safra passada foram liberados R$ 48 milhões.
Segundo o Coordenador-Geral de Análise Econômica, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Wilson Araújo, a procura por créditos do programa ABC se deve, principalmente, à dinamização e à agilidade na regulamentação do programa. “Observamos muito interesse e a expectativa é de que, nos próximos meses, a procura por financiamentos sob o amparo do programa cresça ainda mais”, afirma Araújo.
Os recursos destinados ao custeio e à comercialização com taxas de juros controladas também tiveram crescimento significativo nos dois primeiro meses de vigência do Plano Agrícola, chegando a R$ 12,3 bilhões, o que representa um crescimento de 5,2% em relação ao mesmo período de 2010. “A concessão de crédito com recursos a taxas controladas para custeio e comercialização nesse início de safra, em detrimento do crédito a juros livres, é importante já que a taxa de juros livre representa uma opção mais cara para o produtor”, explica o coordenador do Ministério da Agricultura. A procura por crédito a juros livres teve queda de 51,8% no período.
Em relação ao total dos recursos aplicados nos dois primeiros meses do Plano Safra 2011/2012, quando se considera apenas os financiamentos destinados aos produtores rurais e cooperativas, houve um crescimento de 8,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. “Este ano, os financiamentos têm sido direcionados aos produtores e às cooperativas. Esse comportamento fica evidente quando se observa a sensível redução nas aplicações na agroindústria”, explica o Coordenador-Geral.
O total liberado em julho e agosto para todas as linhas de crédito do Plano Agrícola e Pecuário foi de R$ 17 bilhões, 16,6% menor que no mesmo período do ano anterior (R$ 20,4 bilhões). A queda pode ser explicada pela redução de recursos destinados às aplicações a juros livres pelo Banco do Brasil em crédito agroindustrial e para a linha especial BNDES/BB Procer – agroindústrias, que em 2010 somaram R$ 4,88 bilhões e em 2011, apenas R$ 180,8 milhões.
Saiba mais
Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) - O Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) vai incorporar todas as ações que incentivam a produção de alimentos com preservação ambiental. No total, os projetos de investimento voltados a atividades agropecuárias que permitem a mitigação da emissão de gases de efeito estufa já têm disponibilizados R$ 3,15 bilhões para o ano de 2011 que poderão ser contratados com condições mais facilitadas, como taxa de juros de 5,5% ao ano, carência de até oito anos e prazo para pagamento de 15 anos.
O ABC reflete o esforço do governo para atender aos compromissos voluntários assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), de redução significativa das emissões de gases de efeito estufa gerados pela agropecuária. Lançado em julho do ano passado, o programa pretende evitar a emissão de 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2 nos próximos dez anos por meio de seis práticas agrícolas sustentáveis: plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária-floresta, recuperação de pastos degradados, plantio de florestas, fixação biológica de nitrogênio e tratamento de resíduos animais.
Custeio e Comercialização - O crédito para o custeio e comercialização, na safra 2011/2012, é de R$ 80,2 bilhões, dos quais R$ 64,1 bilhões são ofertados a juros controlados (com taxa fixa de 6,75% ao ano).
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Soja 11/12 no Brasil deverá crescer para 24,92 mi/ha
O plantio da próxima safra de soja do Brasil (2011/12) deverá atingir um recorde de 24,92 milhões de hectares, aumento de 764 mil hectares na comparação com a temporada anterior (2010/11), estimou nesta segunda-feira a consultoria Agência Rural. Se confirmada a previsão, será o quinto ano consecutivo de aumento de área na soja no Brasil, observou a consultoria.
"Os bons preços da soja na Bolsa de Chicago, que já garantiram uma antecipação sem precedentes da comercialização da safra brasileira 2011/12, devem ser responsáveis também por mais um recorde, o de área plantada", afirmou a Agência Rural em comunicado.
O Brasil é o segundo produtor e exportador de soja do mundo, atrás dos Estados Unidos. Com base na intenção de plantio estimada pela consultoria e na tendência de produtividade, a produção brasileira de soja poderia atingir 73,4 milhões de t.
Esse volume ficaria abaixo das 75 milhões de t da última safra, quando as lavouras contaram com um clima próximo do ideal. O Brasil registrou na última safra uma produtividade recorde, superior a 3.100 kg por hectare, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
No caso de a produtividade recorde se repetir em 11/12, o Brasil poderia ter a maior safra da história novamente.
MT lidera no aumento de área
O maior incremento absoluto na área acontecerá em Mato Grosso, com 292 mil hectares a mais (alta de 4,6%). "A região do Estado que mais avança é o leste, onde a cultura da soja é relativamente recente. O grão só não ganha mais terreno por conta de questões ambientais", ponderou a consultoria.
Outra fronteira que deve ter incremento expressivo de área é o Maranhão, cujo avanço é estimado em 152 mil hectares (alta de 29,3%). Em seguida, aparecem a Bahia, com aumento de 86 mil hectares (alta de 8,2%), e o Tocantins, com 45 mil (crescimento de 11,3%), de acordo com a Agência Rural.
No Piauí, o aumento de área será mais modesto, de 37 mil hectares (alta de 9,8%), um crescimento limitado pelo maior interesse dos produtores em plantar mais milho para abastecer o Nordeste, avaliou a consultoria.
"A intenção de plantar mais milho, aliás, também é responsável pela expectativa de estabilidade na área plantada com soja nas regiões Sul e Sudeste do país", destacou a Agência Rural.
Para Goiás e Mato Grosso do Sul (Centro-Oeste), a expectativa também é de aumento na área da oleaginosa, com incremento de 76 mil hectares para os goianos (2,9%) e de 40 mil hectares para os sul-mato-grossenses.
Fonte: Reuters
domingo, 10 de julho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
Soja marrom é a novidade para a safra 2011/2012
Os produtores de soja de Minas Gerais contam com mais uma novidade para a safra 2011/2012, que começa a ser plantada na região a partir de outubro. É a soja marrom, ou BRSMG 800A, desenvolvida pela Embrapa – a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e com a Fundação Triângulo.
Em termos agronômicos, a soja marrom possui resistência às principais doenças da soja e apresenta potencial produtivo compatível com a média de outras cultivares de mesmo ciclo presentes no mercado. Ela é do grupo de maturidade 8.0, apresentando ciclo médio em Minas Gerais, região para onde é indicada.
A grande diferença da BRSMG 800A, no entanto, é a forma de consumo. Devido a sua coloração marrom e características organolépticas favoráveis, a nova cultivar pode ser misturada ao feijão carioquinha, aumentando em cerca de 30% o valor protéico do prato sem interferir no visual ou no sabor de um dos grãos mais consumidos do Brasil.
A expectativa é que a BRSMG 800A ajude a popularizar o consumo da soja in natura no Brasil. Nos testes de degustação realizados pela Epamig em escolas, eventos, universidades e supermercados os resultados têm sido promissores. Em um supermercado de Uberaba, 819 pessoas degustaram a soja marrom preparada com caldo de feijão: 80% das pessoas disseram que certamente comprariam o produto; 13% informaram que provavelmente comprariam e 7% disseram que talvez comprassem o produto.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) também tem realizado testes sensoriais. Nesses testes, a soja marrom foi preparada como feijão tropeiro e misturada ao feijão carioquinha em diferentes proporções. A pesquisa mostrou que a mistura proporcional de 50% entre a soja e o feijão pode aumentar em 30% o valor protéico do prato e ainda garantir um sabor agradável.
A BRSMG 800A deve chegar aos supermercados em breve, com o nome comercial Nutrisoy e com o selo de identificação Soja de Minas.
Em termos agronômicos, a soja marrom possui resistência às principais doenças da soja e apresenta potencial produtivo compatível com a média de outras cultivares de mesmo ciclo presentes no mercado. Ela é do grupo de maturidade 8.0, apresentando ciclo médio em Minas Gerais, região para onde é indicada.
A grande diferença da BRSMG 800A, no entanto, é a forma de consumo. Devido a sua coloração marrom e características organolépticas favoráveis, a nova cultivar pode ser misturada ao feijão carioquinha, aumentando em cerca de 30% o valor protéico do prato sem interferir no visual ou no sabor de um dos grãos mais consumidos do Brasil.
A expectativa é que a BRSMG 800A ajude a popularizar o consumo da soja in natura no Brasil. Nos testes de degustação realizados pela Epamig em escolas, eventos, universidades e supermercados os resultados têm sido promissores. Em um supermercado de Uberaba, 819 pessoas degustaram a soja marrom preparada com caldo de feijão: 80% das pessoas disseram que certamente comprariam o produto; 13% informaram que provavelmente comprariam e 7% disseram que talvez comprassem o produto.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM) também tem realizado testes sensoriais. Nesses testes, a soja marrom foi preparada como feijão tropeiro e misturada ao feijão carioquinha em diferentes proporções. A pesquisa mostrou que a mistura proporcional de 50% entre a soja e o feijão pode aumentar em 30% o valor protéico do prato e ainda garantir um sabor agradável.
A BRSMG 800A deve chegar aos supermercados em breve, com o nome comercial Nutrisoy e com o selo de identificação Soja de Minas.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Milho já rende 40% mais que soja no RS
Para produtor que não plantava o cereal há oito anos, preços, clima, potencial de exportações e alta produtividade tornam milho a opção mais atrativa
A rentabilidade do milho já é 40% maior do que a da soja no Rio Grande do Sul, o que faz da cultura a mais atrativa na região, segundo Mauro Costa Beber. O produtor estava há oito safras sem plantar milho, mas apostou na maior lucratividade do cereal e comemora a recuperação do mercado. E, segundo a Abramilho, o estado já recuperou a área de milho que vinha perdendo espaço nos anos anteriores.
“Os preços estão muito atrativos, mesmo comparando com a soja, que é a cultura que compete com o milho no Rio Grande do Sul. O milho tem liquidez, pode ser exportado”, conta o produtor de Condor. Segundo ele, o milho está com um potencial produtivo muito alto, quase o dobro de dez anos atrás. “Na nossa região, nos últimos anos, a média de produtividade aumentou muito. Há propriedades em que mesmo lavouras de sequeiro, sem irrigação, estão produzindo mais de 150 sacas por hectare nos últimos anos”.
Ele lembra que o clima na região também tem se mostrado mais propício ao milho. “Aqui no norte do estado, as chuvas têm sido regulares na primavera e temos registrado muitos veranicos no final de fevereiro e em março, favorecendo o milho e prejudicando a soja”.
A possibilidade de fazer safrinha depois da colheita também motiva o plantio. Também a rotação de culturas permite uso de defensivos diferentes entre elas. “Estamos com problema de ervas daninhas resistentes aos herbicidas usados para a cultura da soja. Na milhocultura podemos usar herbicidas de princípio ativo diferente dos usados na soja, eliminando essas ervas daninhas invasoras”. Ele ainda destaca os avanços tecnológicos nas colheitadeiras e a prevalência do milho resistente a insetos.
No passado recente, milho era desestimulante
As oito safras sem plantar milho foram reflexos de preços baixos, custos elevados, poucos estímulos e dificuldade de escoamento. Mas, segundo Beber, esse cenário é passado. “Era difícil conseguir o seguro da lavoura, pois quem financiava com seguro pró-agro, como nós, tinha um limite por CPF a um valor anual. Este valor nós costumávamos usar na cultura de trigo, mas agora podemos financiar tanto o trigo quanto o milho com o pró-agro”, afirma o produtor. “A dificuldade de comercialização também era grande. O milho não tinha liquidez. Não tinha garantia de um preço remunerador. Não era exportado. Mas tudo isso é passado.”
Mas ainda há espaço para crescer mais
O entusiasmo com os resultados do milho também ajuda a pensar no futuro da cultura. O mais importante, para Beber, é ter a garantia de renda. “Para isso temos que estar organizados, com entidades que nos representem e defendam nossos interesses junto ao governo estadual, federal e até junto à OMC, pois também exportamos”.
“No Rio Grande do Sul há um grande potencial de irrigação de lavouras, esse é o desafio para crescer a área e a produtividade no estado. Temos água em abundância e perdemos muito com estiagens, mas isso pode ser mudado. Precisamos avançar”, diz Beber.
Em relação às exportações, o potencial produtivo gaúcho é ainda maior. “Temos que produzir mais, e então pensamos em exportar o excedente, em produzir etanol. O Rio Grande do Sul importa etanol de outros estados a custos altos, mas isso pode não ser necessário em alguns anos”.
A rentabilidade do milho já é 40% maior do que a da soja no Rio Grande do Sul, o que faz da cultura a mais atrativa na região, segundo Mauro Costa Beber. O produtor estava há oito safras sem plantar milho, mas apostou na maior lucratividade do cereal e comemora a recuperação do mercado. E, segundo a Abramilho, o estado já recuperou a área de milho que vinha perdendo espaço nos anos anteriores.
“Os preços estão muito atrativos, mesmo comparando com a soja, que é a cultura que compete com o milho no Rio Grande do Sul. O milho tem liquidez, pode ser exportado”, conta o produtor de Condor. Segundo ele, o milho está com um potencial produtivo muito alto, quase o dobro de dez anos atrás. “Na nossa região, nos últimos anos, a média de produtividade aumentou muito. Há propriedades em que mesmo lavouras de sequeiro, sem irrigação, estão produzindo mais de 150 sacas por hectare nos últimos anos”.
Ele lembra que o clima na região também tem se mostrado mais propício ao milho. “Aqui no norte do estado, as chuvas têm sido regulares na primavera e temos registrado muitos veranicos no final de fevereiro e em março, favorecendo o milho e prejudicando a soja”.
A possibilidade de fazer safrinha depois da colheita também motiva o plantio. Também a rotação de culturas permite uso de defensivos diferentes entre elas. “Estamos com problema de ervas daninhas resistentes aos herbicidas usados para a cultura da soja. Na milhocultura podemos usar herbicidas de princípio ativo diferente dos usados na soja, eliminando essas ervas daninhas invasoras”. Ele ainda destaca os avanços tecnológicos nas colheitadeiras e a prevalência do milho resistente a insetos.
No passado recente, milho era desestimulante
As oito safras sem plantar milho foram reflexos de preços baixos, custos elevados, poucos estímulos e dificuldade de escoamento. Mas, segundo Beber, esse cenário é passado. “Era difícil conseguir o seguro da lavoura, pois quem financiava com seguro pró-agro, como nós, tinha um limite por CPF a um valor anual. Este valor nós costumávamos usar na cultura de trigo, mas agora podemos financiar tanto o trigo quanto o milho com o pró-agro”, afirma o produtor. “A dificuldade de comercialização também era grande. O milho não tinha liquidez. Não tinha garantia de um preço remunerador. Não era exportado. Mas tudo isso é passado.”
Mas ainda há espaço para crescer mais
O entusiasmo com os resultados do milho também ajuda a pensar no futuro da cultura. O mais importante, para Beber, é ter a garantia de renda. “Para isso temos que estar organizados, com entidades que nos representem e defendam nossos interesses junto ao governo estadual, federal e até junto à OMC, pois também exportamos”.
“No Rio Grande do Sul há um grande potencial de irrigação de lavouras, esse é o desafio para crescer a área e a produtividade no estado. Temos água em abundância e perdemos muito com estiagens, mas isso pode ser mudado. Precisamos avançar”, diz Beber.
Em relação às exportações, o potencial produtivo gaúcho é ainda maior. “Temos que produzir mais, e então pensamos em exportar o excedente, em produzir etanol. O Rio Grande do Sul importa etanol de outros estados a custos altos, mas isso pode não ser necessário em alguns anos”.
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